Como escovar os dentes: técnica do rolo

   


Veja como escovar os dentes utilizando a técnica do rolo (técnica simplificada: deve-se combiná-la à outra mais completa). Saiba quanta pasta usar, como dividir o processo para evitar uma escovação incompleta e quando trocar sua escova ao perder a efetividade. | Sempre consulte um dentista para esclarecimentos e adaptações individuais ao seu caso.

Existem várias técnicas para se realizar a escovação de dentes com uma escova manual. Cada uma delas tem suas vantagens e desvantagens.

A técnica de Bass modificada (ou “sulcular”) tende a ser a mais indicada para adultos, ao passo que a técnica de Fones (ou da “bolinha”), a mais usualmente indicada para crianças ainda com dentes de leite.

O principal é não perder de vista o objetivo da escovação de dentes: remover mecanicamente a placa bacteriana de todas as superfícies dentais, dando atenção especial às áreas mais difíceis de serem acessadas com as cerdas da escova.

Por essa razão, um evidenciador de placa pode ser uma ferramenta extremamente útil para – como o próprio nome diz – tornar visível e evidente a placa bacteriana que fica aderida às áreas dos dentes onde você nunca imaginou que ela pudesse se aderir.

Um evidenciador de placa também pode ajudar a mostrar quais áreas você está tendo mais dificuldade de alcançar, evitando assim que você “se engane” ao fazer uma escovação apenas superficial, incompleta e inadequada.

Um ponto importante: escove os dentes vendo bem o que está fazendo, sempre diante de um bom espelho e com boa iluminação. Sem ver onde está levando a escova (por exemplo, prestando atenção em outra coisa ou simplesmente não olhando no espelho), dificilmente você conseguirá desenvolver uma técnica de escovação adequada. E isso vale também para o uso do fio dental.

COMO ESCOVAR OS DENTES: UM RESUMO

No item “Conheça as técnicas de escovação dental abaixo, procuramos sintetizar as técnicas de escovação mais citadas na literatura e recomendadas pelos dentistas, de acordo com cada caso.

Como opção de leitura mais rápida, segue aqui um resumo das informações iniciais mais importantes que você precisa saber:
 Use uma escova com a cabeça pequena (uma cabeça grande pode não alcançar todos os cantos da boca e ser menos precisa na limpeza);
 Só use escovas com cerdas macias (cerdas médias e duras podem desgastar seus dentes e traumatizar sua gengiva);
 Escove sempre olhando bem onde está levando a escova, de frente a um bom espelho e com boa iluminação (remover placa bacteriana é como remover sujeira aderida à sola do tênis: sem enxergar o que está fazendo, fica muito difícil limpar bem);
 Posicione as cerdas da escova de maneira inclinada (aproximadamente 45 graus) em relação ao dente, junto às margens da gengiva (área de maior retenção da placa bacteriana);
 Faça movimentos vibratórios curtos, com leve pressão (lembre-se da imagem da sola do tênis com sujeira grudada: movimentos amplos e imprecisos não alcançam todas as superfícies e reentrâncias);
 Adote uma sequência padronizada e fácil de lembrar para não deixar nenhuma superfície e reentrância sem escovar;
 Peça ao seu dentista ou adquira um evidenciador de placa: o evidenciar torna a placa bem visível, portanto mais fácil de remover.

ALGUNS MÉTODOS DE ESCOVAÇÃO PERIGOSOS

Por conta da falta de conhecimento, de hábitos antigos não atualizados, da pressa ou até da preguiça (quem não a tem de vez em quanto?), algumas pessoas ainda usam métodos de escovação dental ineficazes e potencialmente perigosos.

O acúmulo não removido de resíduos de alimentos e principalmente de placa bacteriana aumenta o risco de ocorrência de cárie dental, doença periodontal, perda de dentes, mau hálito e até complicações na saúde geral.

Mas uma escovação inadequada também pode ser perigosa devido à sua ação traumática sobre dentes e gengiva.

É o caso daquela escovação tipo “serrote” ou “esfregão”, ainda relativamente comum, em que a pessoa escova os dentes como se estivesse serrando uma tábua ou esfregando o chão.

O método do “esfregão” pode até ser combinado às técnicas descritas abaixo para limpar as superfícies mastigatórias (topo dos dentes), mas somente para essas superfícies mastigatórias!

Nas demais superfícies dentais, movimentos amplos de vai-e-vem, sejam eles horizontais, verticais ou em zigue-zague, podem provocar vários problemas bucais, tais como abrasão dentária (desgaste dos dentes), retração gengival e ulcerações da mucosa, entre outros.

CONHEÇA AS TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO DENTAL

Segue abaixo um breve resumo das técnicas mais conhecidas e utilizadas. Para complementar esta descrição, veja também o vídeo sobre o uso da escova elétrica.

Técnica do rolo
Isoladamente, é considerada uma técnica que não promove uma limpeza completa. Por isso, é utilizada em combinação com a técnica de Bass (na chamada Bass modificada) e com a técnica de Stillman (na chamada Stillman modificada).
1. Posicione as laterais das cerdas da escova sobre a gengiva, paralelamente ao longo eixo dos dentes, com as pontas das cerdas apontando para as raízes dos dentes.
2. Gire o pulso para rolar (ou “rotacionar”) a cabeça da escova, fazendo com que as cerdas varram a superfície dental a partir da gengiva em direção à superfície mastigatória dos dentes (de cima para baixo nos dentes de cima, de baixo para cima nos dentes de baixo).
3. Repita de 3x a 5x esse movimento de rotação sobre a mesma área.
4. Siga para um novo segmento e repita os mesmo 3 ou 5 movimentos, até cobrir todas as superfícies dentais “de fora” (voltadas para a bochecha) e “de dentro” (voltadas para a língua).
5. Nas superfícies linguais (“de dentro”) dos dentes da frente (principalmente nos dentes da frente de baixo), a cabeça da escova frequentemente não cabe na posição horizontal. Quando for esse o caso, vire a cabeça da escova no sentido vertical e use o “pé” da escova para realizar o mesmo tipo de movimento de varredura.
6. Por último, aplique o método do “esfregão” nas superfícies mastigatórias, com movimentos horizontais curtos de vai-e-vem.

Técnica de Bass modificada
É considerada a técnica mais eficaz devido à sua ênfase na limpeza do sulco gengival, pequena reentrância entre a gengiva e o dente onde a placa bacteriana se acumula e onde muitas vezes se inicia o desenvolvimento de uma doença periodontal (gengivite ou periodontite).

Pode, no entanto, não ser a melhor técnica quando se tem retrações gengivais devido ao risco de levar a um agravamento das retrações (especialmente quando a escova é utilizada com força excessiva).

1. Posicione as pontas das cerdas da escova fazendo um ângulo de 45 graus em relação ao longo eixo dos dentes e, aplicando uma leve pressão, insira as pontas das cerdas ligeiramente dentro do sulco gengival, isto é, dentro daquele pequeno sulco localizado onde aparentemente termina a gengiva e começa a superfície dental.
2. Faça movimentos vibratórios curtos com as pontas das cerdas. Lembre-se de que, durante essa movimentação vibratória, a cabeça da escova quase não se movimenta; quem se movimenta (com uma amplitude muito pequena) são as pontas das cerdas dentro (e em torno) do sulco gengival.
3. Após contar até 10, finalize a limpeza do segmento com a técnica do rolo, isto é, realizando um giro com o pulso para rolar (ou “rotacionar”) a cabeça da escova, fazendo com que as cerdas varram a superfície dental a partir da gengiva em direção à superfície mastigatória dos dentes (de cima para baixo nos dentes de cima, de baixo para cima nos dentes de baixo).
4. Levante a escova e então posicione a escova em um novo segmento do arco dentário. Conte até 10 em cada área, até limpar todas as superfícies dentais “de fora” (voltadas para a bochecha) e “de dentro” voltadas para a língua.
5. Nas superfícies linguais (“de dentro”) dos dentes da frente (principalmente nos dentes da frente de baixo), a cabeça da escova frequentemente não cabe na posição horizontal. Quando for esse o caso, vire a cabeça da escova no sentido vertical e use o “pé” da escova para realizar o mesmo tipo de movimento vibratório.
6. Por último, aplique o método do “esfregão” nas superfícies mastigatórias, com movimentos horizontais curtos de vai-e-vem.

Técnica de Stillman modificada
É semelhante à técnica de Bass modificada, com a diferença de que as pontas das cerdas não são ativamente inseridas dentro do sulco gengival, mas sim posicionadas parcialmente sobre a gengiva e parcialmente sobre a superfície dental adjacente à gengiva.

É também considerada uma técnica eficaz, porém potencialmente menos traumática à gengiva, sendo, portanto, indicada quando se tem retrações gengivais contínuas.

1. Posicione as pontas das cerdas da escova fazendo um ângulo de 45 graus em relação ao longo eixo dos dentes, com uma parte das pontas das cerdas sobre a gengiva e outra parte sobre a região cervical dos dentes (procurando não inserir as pontas das cerdas diretamente no sulco gengival, isto é, naquele pequeno sulco localizado onde aparentemente termina a gengiva e começa a superfície dental).
2. Faça movimentos vibratórios curtos com as pontas das cerdas, exercendo uma leve pressão sobre a gengiva e a superfície dental.
3. Lembre-se de que, durante essa movimentação vibratória, a cabeça da escova quase não se movimenta; quem se movimenta (com uma amplitude muito pequena) são as pontas das cerdas sobre a gengiva e sobre a superfície dos dentes.
4. Após contar até 10, finalize a limpeza do segmento com a técnica do rolo, isto é, realizando um giro com o pulso para rolar (ou “rotacionar”) a cabeça da escova, fazendo com que as cerdas varram a superfície dental a partir da gengiva em direção à superfície mastigatória dos dentes (de cima para baixo nos dentes de cima, de baixo para cima nos dentes de baixo).
5. Levante a escova e então passe a um novo segmento, contando até 10 em cada segmento até limpar todas as superfícies dentais “de fora” (voltadas para a bochecha) e “de dentro” (voltadas para a língua).
6. Nas superfícies linguais (“de dentro”) dos dentes da frente (principalmente nos dentes da frente de baixo), a cabeça da escova frequentemente não cabe na posição horizontal. Quando for esse o caso, vire a cabeça no sentido vertical e use o “pé” da escova para realizar o mesmo tipo de movimento vibratório.
7. Por último, aplique o método do “esfregão” nas superfícies mastigatórias, com movimentos horizontais curtos de vai-e-vem.

Técnica de Charters
Nesta técnica, as cerdas também são posicionadas de forma inclinada contra os dentes, porém não mais apontadas em direção à raiz dos dentes – como nas técnicas de Bass e Stillman – mas, sim, apontadas em direção à superfície mastigatória (isto é, em direção à coroa ou “topo“ dos dentes).

Devido a esse posicionamento, a técnica de Charters tende a ser menos traumática à gengiva, sendo, algumas vezes, indicada para a limpeza temporária de feridas cirúrgicas em quem acabou de se submeter a uma cirurgia periodontal.

Esse posicionamento “invertido” da cabeça da escova (e, portanto, de suas cerdas) também favorece a limpeza de aparelhos ortodônticos, próteses fixas e das superfícies adjacentes, sendo indicado para quem usa tais aparelhos.

1. Posicione as pontas das cerdas da escova fazendo um ângulo de 45 graus em relação ao longo eixo dos dentes, com as pontas das cerdas posicionadas sobre a região cervical dos dentes, porém agora apontadas para sua superfície mastigatória (ou “topo” dos dentes).
2. Faça movimentos curtos de vai-e-vem com as pontas das cerdas, exercendo uma leve pressão sobre superfície dental (e, quando houver, sobre as superfícies de aparelho ortodôntico ou prótese fixa).
3. Levante a escova e então passe a um novo segmento, contando até 10 em cada segmento até limpar todas as superfícies dentais “de fora” (voltadas para a bochecha) e “de dentro” (voltadas para a língua).
4. Nas superfícies linguais (“de dentro”) dos dentes da frente (principalmente nos dentes da frente de baixo), a cabeça da escova frequentemente não cabe na posição horizontal. Quando for esse o caso, vire a cabeça no sentido vertical e use o “pé” da escova para realizar o mesmo tipo de movimento curto de vai-e-vem (ou movimento vibratório).
5. Por último, aplique o método do “esfregão” nas superfícies mastigatórias, com movimentos horizontais curtos de vai-e-vem.

Técnica de Fones (para crianças)
Esta técnica, indicada para crianças ainda com dentes de leite, é também conhecida como técnica circular, e vulgarmente como a “técnica da bolinha”. Também está indicada quando é necessário que a técnica seja mais fácil de aprender.

1. Com os dentes cerrados, porém com os lábios retraídos para mostrar os dentes, posicione as pontas das cerdas da escova perpendicularmente às superfícies dentais.
2. Realize movimentos circulares, cobrindo tanto as superfícies dentais, quanto as superfícies gengivais de ambos os arcos.
3. Percorra todos os segmentos da boca com movimentos circulares até que todas as superfícies dentais “de fora” (voltadas para a bochecha) sejam escovadas.
4. Nas superfícies dentais “de dentro” (voltadas para a língua), e agora já com a boca aberta, faça movimentos circulares menos amplos para limpar as superfícies de cada arco (superior e inferior) separadamente.
5. Nas superfícies linguais (“de dentro”) dos dentes da frente (principalmente nos dentes da frente de baixo), a cabeça da escova frequentemente não cabe na posição horizontal. Quando for esse o caso, vire a cabeça no sentido vertical e use o “pé” da escova para realizar o mesmo tipo de movimento circular menos amplo.
6. Por último, aplique o método do “esfregão” nas superfícies mastigatórias, com movimentos horizontais curtos de vai-e-vem.

Para saber mais:
https://books.google.com.br/books?
http://www.rdhmag.com/articles/print/volume-23/issue-8/feature/the-driving-force.html
https://books.google.com.br/books?

Compartilhado por: ConsejoDentistasprodução: Consejo General de Colegios de Dentistas de España | sinopse, tradução e locução: RBC | tradução e legendas: EAN

a transcrição do áudio traduzido.

Para manter nossa boca saudável, é fundamental conhecer as técnicas de higiene adequadas e aplicá-las sempre após cada refeição. Isso não só garantirá que tenhamos dentes saudáveis por muitos anos, mas também é um procedimento imprescindível para mantermos os tratamentos odontológicos realizados em nossa boca. O prognóstico desses tratamentos e a sua durabilidade ao longo dos anos dependem diretamente de uma higiene bucal correta.

Para simplificar a sequência de escovação, vamos dividir a boca em 4 quadrantes. Dessa forma fica mais fácil, e com isso evitamos esquecer de higienizar alguma área.

Vamos colocar um pouco de pasta sobre a escova. Uma quantidade excessiva de pasta pode produzir muita espuma durante a escovação, ocasionar um incômodo e até provocar náuseas.

Começaremos pela parte superior, no quadrante 1. Em primeiro lugar, vamos escovar as faces externas dos dentes. Para isso, posicionamos a escova perpendicular aos dentes, ligeiramente inclinada em relação à gengiva. Aproximamos a escova e fazemos um movimento descendente, girando suavemente a escova até chegarmos ao final do dente. Vamos então afastar a escova e voltar à posição inicial, repetindo o mesmo movimento várias vezes. A escovação deve ser sempre da gengiva para o final do dente e nunca ao contrário.

Uma vez encerrada a escovação das faces externas, iniciamos a escovação das faces internas, aplicando a mesma técnica.

Por último, escovamos as faces triturantes [dos dentes molares e pré-molares]. Para isso, realizamos movimentos horizontais, para frente e para trás.

Concluída a escovação do quadrante 1, passamos ao quadrante 2, escovando-o da mesma forma.

Para a parte inferior, iniciamos no quadrante 3. Tal como na parte superior, vamos iniciar pelas faces externas dos dentes. Posicionamos a escova perpendicular aos dentes, ligeiramente inclinada em relação à gengiva. Aproximamos a escova e fazemos movimentos ascendentes, girando suavemente a escova, e sempre da gengiva para o final dos dentes.

Depois das faces externas, passamos às faces internas.

Por último, escovamos as faces triturantes dos molares e pré-molares com movimentos horizontais.

Terminada a escovação do quadrante 3, passamos ao quadrante 4, escovando-o da mesma forma.

Uma vez terminada a escovação de todos os quadrantes, passamos à escovação da língua. Para isso, coloque a língua para fora e posicione a escova de forma perpendicular, na parte de trás da língua.
Em seguida, comece a “varrer” a língua a partir do fundo da boca e sempre de trás para frente.

Para manter uma boa higiene, é imprescindível manter a escova limpa e em boas condições de conservação. Para isso, devemos trocar a escova regularmente a cada 2 ou 3 meses.


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