Enxerto ósseo dentário autógeno

   


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Veja uma técnica de enxerto ósseo dentário autógeno, em que um bloco de osso é removido da mandíbula (“maxilar inferior”) para criar condições mais favoráveis à colocação de um implante osseointegrado na maxila. | Sempre consulte um dentista para esclarecimentos e adaptações individuais ao seu caso.

TÉCNICAS DE AUMENTO ÓSSEO

Algumas pessoas não têm osso natural e saudável em quantidade suficiente para permitir a colocação de implantes dentários. A insuficiência de osso natural pode ser causada por:
 doença periodontal;
 defeitos decorrentes de distúrbios de desenvolvimento dentário;
 o uso de próteses por longos períodos;
 lesões traumáticas na face;
 espaços não preenchidos no arco dentário após a extração de dentes ou perda de dentes;
 procedimentos dentários em que não foram realizados os devidos esforços para restaurar o osso natural.

Existem várias técnicas de aumento ósseo com a finalidade de criar mais osso para permitir a instalação de implantes osseointegrados. O termo enxerto ósseo dentário, comumente utilizado para designar todas as técnicas utilizadas para aumentar a quantidade de suporte ósseo para implantes, é, na realidade, apenas uma das opções de aumento ósseo disponíveis, como descrito adiante.

Segue, portanto, um resumo das técnicas disponíveis de aumento ósseo, baseado no material de divulgação produzido pela Academia Americana de Implantodontia.

ENXERTOS ÓSSEOS

O enxerto ósseo é um procedimento seguro e com altas taxas de sucesso que envolve um aumento de osso na maxila (na qual está localizado o arco dentário superior) ou na mandíbula (base do arco dentário inferior).

A técnica adotada poderá envolver a utilização do seu próprio osso natural, proveniente de outro local do corpo, e/ou o uso de materiais ósseos de um doador, materiais processados ou materiais sintéticos.

Os enxertos ósseos podem ser realizados no próprio consultório do dentista, sob anestesia local, com ou sem sedação consciente (esta última utilizada em algumas situações para diminuir a ansiedade).

Após o procedimento, o paciente normalmente recebe uma prescrição de antibióticos, analgésicos (em caso de necessidade), e um antisséptico bucal. Deve-se evitar comer certos alimentos e exercer pressão sobre o enxerto ósseo.

Em geral, os implantes dentários só colocados após o osso enxertado integrar-se com o osso circundante existente. O tempo necessário para que essa integração aconteça varia de acordo com a localização do enxerto e a densidade do osso, podendo levar três ou mais meses.

PREENCHIMENTO DO ALVÉOLO PÓS-EXTRAÇÃO

Também chamada de preservação do alvéolo ou preservação óssea após extração dentária, essa técnica tem como objetivo diminuir o grau de reabsorção óssea que ocorre devido à ausência do dente extraído.

O alvéolo dentário é preenchido pelo material ósseo substituto e recoberto com uma membrana para promover uma regeneração óssea guiada. Embora não haja consenso, alguns estudos mostram que a inserção imediata do implante dentário no mesmo procedimento produz resultados mais satisfatórios.

Caso contrário, deve-se aguardar o período de cicatrização para permitir que o “osso novo” se desenvolva e se integre ao osso existente antes que os implantes dentários possam ser colocados.

LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR

A falta dos dentes de trás e de cima (dentes posteriores superiores) é um dos casos mais difíceis de reabilitar. Na ausência desses dentes, a cavidade do seio maxilar (cavidade óssea posicionada lateralmente à cavidade do nariz, portanto próximo às raízes dos dentes superiores) se amplia à medida que o osso natural diminui com o passar do tempo.

O levantamento do seio maxilar, técnica também denominada de elevação do seio maxilar, ou ainda “sinus lift”, envolve fazer um acréscimo de material ósseo (sintético ou natural) na parte inferior do seio maxilar (portanto, próximo ao rebordo alveolar onde estão inseridas as raízes dos dentes) para posteriormente permitir a colocação de um ou mais implantes dentários.

Deve-se aguardar cerca de 4 a 12 meses para permitir que o “osso novo” se desenvolva e se integre ao osso existente, antes que os implantes dentários possam ser colocados.

EXPANSÃO DE REBORDO ALVEOLAR

Quando o osso maxilar (no qual está o arco dentário superior) ou mandibular (base do arco dentário inferior) não é amplo o suficiente para dar suporte a implantes dentários, um enxerto de ósseo pode ser adicionado ao longo do topo desses ossos, região denominada de rebordo alveolar (assim denominada porque é nesse cume ósseo que os dentes estão normalmente inseridos em seus respectivos alvéolos).

Em algumas situações, os implantes dentários podem ser colocados logo após a expansão do rebordo, ao passo que outras requerem um tempo de espera de 4 a 12 meses.

Como todas as técnicas de enxerto ósseo dentário, a expansão de rebordo alveolar pode proporcionar uma base forte e duradoura para a instalação de implantes.

Esse procedimento também pode ser utilizado para corrigir reentrâncias pouco atraentes e difíceis de limpar ocasionadas por perdas dentárias.

NOVAS ABORDAGENS

Novas e futuras abordagens de aumento ósseo deverão lançar mão cada vez mais de tecnologias moleculares, celulares e de engenharia genética de tecidos para estimular a formação de tecido ósseo pelo próprio organismo e/ou reforçar o efeito de aumento ósseo proporcionado por enxertos.

Algumas já estão sendo aplicadas, como é o caso do uso de plasma rico em plaquetas (PRP, do inglês “platelet rich plasma”), plasma rico em fatores de crescimento (PRGF, do inglês “plasma rich in growth factors”) e membranas, e outras técnicas de regeneração tecidual guiada (GTR, do inglês “guided tissue regeneration”).

Para saber mais:
http://www.aaid-implant.org/dental-implant-options/bone-augmentation/
https://www.researchgate.net/publication/51439316_Bone_Augmentation_Procedures_in_Implant_Dentistry
http://www.joponline.org/doi/pdfplus/10.1902/jop.2007.060048

Compartilhado por: Brent Allanprodução: Dolphin Imaging Inc.sinopse: RBC


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